- 24 de fevereiro de 2018
- Postado por: gvbio
- Category: Blog
Um produto biológico que elimina larvas do Aedes Aegypti, desenvolvido por uma startup brasileira, é a nova alternativa contra o mosquito transmissor da febre amarela urbana, Dengue, Zika e Chikungunya. Chamado de DengueTech, o produto é resultado de pesquisa de cientistas ligados à Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).
O inseticida biológico combate as larvas do mosquito usando a bactéria Bacillus thuringiensis israelensis, conhecida como Bti. Trata-se de um agente biológico recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo sido aprovado pela Anvisa para livre venda e uso pela população no no Brasil.
“O Aedes Aegypti possui uma capacidade de adaptação muito grande (frio, água limpa ou suja) e em poucos meses consegue se tornar resistente aos inseticidas atuais. Já o Bti consegue evitar que o mosquito crie essa resistência e ainda não afeta outros insetos benéficos ao meio ambiente, por isso é a forma mais segura e sustentável de controlar o Aedes. Com a nossa tecnologia, tornamos esse larvicida acessível à população e viabilize o que a OMS recomenda: engajar e empoderar a população para o controle sustentável do Aedes”, explica Rodrigo Perez, diretor da fabricante BR3, uma empresa residente no Cietec, entidade Gestora da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo USP/IPEN.
Com a forma de um comprimido, o DengueTech deve ser colocado diretamente nos locais com água parada a cada 60 dias. De acordo com a fabricante, apenas um comprimido é suficiente para até 50 litros, nos quais ele se dissolve e libera microrganismos e proteínas que matam as larvas que os ingerem.
“As doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti se tornaram temidas no mundo todo. Agora o Brasil passa por um momento em que a proliferação da febre amarela cresce a cada dia. Além disso, os números de circulação de Dengue, Zika e Chikungunya atestam a presença do mosquito em praticamente todo o território nacional. Por isso é importante que, junto com os órgãos responsáveis, a população se mobilize eliminando os criadouros em suas casas. Com estes cuidados é possível reduzir a densidade dos ovos em até 90%”, argumenta Perez.
Fonte: Agrolink